sábado, 10 de dezembro de 2011

FENDAFOR GUARAMIRANGA

Festival Internacional de Dança, em sua versão itinerante, esquentou a serra de Guaramiranga com  talentos internacionais

Confira a cobertura de Felipe Muniz Palhano do maior evento da dança no Ceará - serra do interior cearense recebeu bailarinos de Cuba, Colômbia, São Paulo, Fortaleza, Pindoretama, Itapipoca...

Mais de duas mil pessoas circularam por Guaramiranga, durante o Festival Internacional de Dança de Fortaleza - Fendafor, em sua versão itinerante, na serra cearense, levando pela quinta vez grandes nomes da dança contemporânea e do balé clássico para o Teatro Rachel de Queiroz. Os principais astros convidados dessa edição foram: Raquel Rampazzo, Wellington Nascimbeme (Cia de Danças Clássicas de SP), Analay Laiz (Cuba) e Santiago Gil (Colômbia), mas a diversidade marcou o fim de semana de espetáculos, que teve do break a dança marroquina. Veja entrevistas, fotos, vídeos dos espetáculos de Felipe Muniz Palhano, editor de cultura do Jornal O Estado.














































Edson Silva anuncia candidatura e Falcão rejeita política


Apresentador e deputado Edson Silva revelou sábado ser candidato a prefeitura de Maracanaú, durante o Fendafor Guaramiranga


Fama e política se misturam nos bastidores do meio artístico – cresce cada vez mais o número de artistas e famosos que se candidatam e ganham eleições no Brasil. E os cearenses não estão conquistando votos apenas do estado, vide Tiririca e seu recorde em São Paulo.
O cantor cearense Falcão, 54, comemora, em 2011, duas décadas de seu primeiro grande hit. Formado arquiteto, o homenzarrão de quase dois metros de altura entoa no vídeo abaixo --acompanhado por um coro de fãs-- a canção "I'm no dog nooooo", releitura de "Eu Não Sou Cachorro, Não", de Waldick Soriano, que catapultou a carreira do cearense nos anos 90. Foi-se o tempo, no entanto, em que Falcão era queridinho de grandes gravadoras.

Hoje, vive "entre a riqueza e a pobreza absoluta", com renda de shows feitos sobretudo no interior. Seu último disco, "What Porra Is This?", é de 2006. Sua moral com o público ainda é alta, mas o cearense não quer aproveitar a popularidade para entrar na política. Em entrevista para Tv Folha, Falcão diz ter sido "assediado para ser candidato a vereador em São Paulo". Porém, negou qualquer intenção de ingressar na política e ainda aproveitou para alfinetar o companheiro de música e humor: o deputado federal Tiririca (PR-SP). "O sujeito, para ser político, tem que ter vocação. Eu não vou ser político só porque sou famoso. A gente sabe que o Tiririca não é político, não vai poder fazer nada a não ser balançar a cabeça, como a maioria no Congresso."

Já o apresentador Edson Silva
, do programa “Cidade 190”, que após ser eleito deputado, virou comentarista do programa da TV Cidade, revelou nesse fim de semana, em Guaramiranga, durante o Fendafor – Festival Internacional de Dança, que irá pleitear uma evolução ainda maior na sua carreira que mistura rádio, TV e Câmara dos Deputados: será candidato a Prefeitura de Maracanaú em 2012, com o apoio de Ciro Gomes e seu partido, o PSB. Veja vídeo completo abaixo

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

NESTE FIM DE SEMANA

V Festival de Dança Fendafor de Guaramiranga... A Dança Itinerante do Ceará

Abrem-se as Cortinas das Serras de Guaramiranga!!!


O que é essa febre, capaz de apoderar-se de uma criatura e de agitá-la até o frenesi, senão a manifestação, muitas vezes explosiva, do Instinto da Vida, que só aspira rejeitar toda a dualidade do temporal para reencontrar, de um salto, a unidade primeira, em que corpos e almas, criador e criação, visível e invisível se encontram e se soldam, fora do tempo, num só êxtase. A dança clama pela identificação com o imperecível; celebra-o. (CHEVALIER, 1998, p. 319)

 Unir talentos e oportunidades. O sonho não se limita, quando esse pensamento é sincero e nos faz feliz. O Fendafor – Festival Internacional de Dança de Fortaleza e Itinerante do Ceará é o resultado de muita determinação e persistência e da crença na Dança como manifestação artística vinda da alma, o Festival a cada ano se fortalece, tornando-se grandioso e transformando em realidade o sonho de tantos bailarinos e dançarinos cearenses, que é o de "ESTAR EM CENA".
]Em 2000 nascemos em Fortaleza e já estamos em Cascavel, Guaramiranga, Sobral, Guaiúba e esse ano pousamos no CARIRI agora são 07 municípios no circuito de Dança FENDAFOR ITINERANTE, trata-se do I Festival Internacional de Dança do CARIRI que abrange toda região do Cariri e aconteceu nas três cidades Crato, Juazeiro e Barbalha o chamado (CRAJUBAR), foi perfeito e aconteceu de 04 a 07/07/2011.


FOCO PRINCIPAL; O Fendafor tem como Foco principal um Programa de formação pedagógica para bailarinos, pensadores e produtores culturais, bem como a Circulação de Espetáculos em cidades do interior do estado do Ceará, Proporcionar ainda maior visibilidade à produção local e estimular novos mercados de trabalho, circulando Grupos, Bailarinos e Companhias de Danças (espetáculos, Cursos, Palestras e vídeos) nas cidades do interior do estado onde acontece a Fendafor Itinerante; Produção de Dança: tem como foco investir na relação dança/produzindo e expandindo, passando pelos espetáculos cênicos, pelo vídeo e pela performance, estimulando novas pesquisas de linguagem, produções e estendendo também a rede de parceria já estabelecida.


O Festival Nacional de Dança de Fortaleza/Ceará a partir do ano de 2007 passou a se chamar “Festival Nacional de Dança de Fortaleza e Itinerante do Ceará”, hoje denominado Festival Internacional, há cinco anos realizamos circulação de Bailarinos, Grupos, Escolas e Cias. de Dança no interior do estado do Ceará, provocando um importante intercâmbio cultural principalmente por acontecer no Interior do estado que é tão carente de conhecimentos, informações e ações culturais. A proposta é que os Grupos locais e do entorno de cada cidade do interior possam apresentar seus espetáculos, interagir nas oficinas, mostra de vídeos, palestras e participem também como atores e produtores da comunicação cultural local.




“A proposta é que o Programa “Fendafor”, “a Dança Itinerante do Ceará” com a utilização de novos suportes e essa expansão do Festival para o interior do estado, amplie a visibilidade da produção e espetáculos cearenses, intercalando-se ao veterano Festival Internacional de Dança de Fortaleza/Ceará, que já acontece na capital desde o ano 2000, sempre na última semana de Junho, estendendo também a rede de parceria já estabelecida.

O Fendafor nasceu do esforço, persistência e principalmente o sonho de mulheres artistas cearenses, professoras, coreógrafas e Diretoras de Escolas, que lutaram para conquistar esse espaço cultural, colocar a dança do Ceará no Cenário Nacional e agora internacional, bem como propiciar a maior difusão da cultura cearense. Na época mais de 80% dos Grupos cearenses não tinham nem mesmo a oportunidade de estrearem seus espetáculos e produções artísticas, por falta de incentivo, parcerias e pautas de teatros inacessíveis, foi ai que nasceu a idéia de mudar essa realidade e colocar a Dança do Ceará em Cena...... DANÇA CEARÁ.
O panorama criado pela programação artística do Festival se repete na programação pedagógica, no sentido de que palestras sobre a linguagem do corpo, apreciação da dança e outros temas, além da mostra de Vídeo Dança, de workshops sobre as técnicas dominadas pelos grupos visitantes e cearenses são ministrados nos locais ocupados pelo evento e em comunidades beneficiadas.
A cada edição do Festival a equipe de assistência de produção e apoio técnico/logístico é montada por cerca de 70 (setenta) profissionais e aspirantes da área da dança cearense, que têm a oportunidade de conhecer por dentro a engenharia de um projeto deste porte e se envolver de uma maneira mais efetiva, com esta ação de fomento para a dança em nosso Estado. Desde as edições anteriores, o Fendafor propõe a montagem de um panorama da dança cênica no Brasil e no mundo, como forma de apresentar uma programação que permita o diálogo entre bailarinos, coreógrafos e grupos oriundos de diversas localidades, proporcionando um momento único de fruição e intercâmbio cultural.



Ver o nosso Ceará dançar e brilhar é um momento mágico. Respirar, dormir e acordar com a Dança em evidência com os melhores talentos do Brasil e nossos Grupos e Escolas de Dança tão lutadoras e talentosos em cena, este é o nosso desafio. Conseguimos....Conquistamos espaços importantes e hoje realizamos uns dos mais fortes e importantes Festivais de Dança do Pais que é o FENDAFOR.
É com grande honra que este grande evento será celebrado e comemorado por todos aqueles que participam desta grande festa da dança. O prazer é nosso, mas o privilégio de estar aqui e apreciar esse show é seu.
O Que a droga tem a ver com a Dança? Onde a Dança entra como um meio de mudar a realidade de tantas situações em que a esperança parece perdida? Reflita conosco. Entendamos que O Mundo sem Droga é muito melhor......Dançar faz bem: Alivia o espírito e a Alma.


Janne Ruth e Equipe Fendafor 2011




Releases das Cias Convidadas;

A Bailarina cubana Analay Laiz começou a dançar aos quatro anos de idade e iniciou seus estudos em Matanzas, na Escola Vocacional, em 2000. Em 2005 foi para a Escola Nacional de Ballet em Havana, onde participou de apresentações e encontros internacionais. Em 2008 foi para o Ballet Nacional de Cuba, sob a direção da primeira bailarina Alicia Alonso. Em 2009, ainda em Cuba, entrou no Ballet de Camaguey, dirigido por Regina Balaguer, e, no mesmo ano, foi convidada para a Cia de Ballet de Laura Alonso como solista. Em 2010, tentando novas oportunidades longe do regime de Fidel Castro, Analay entra para Ballet Nacional do Equador, como bailarina principal, onde conhece seu grande amor, o bailarino Santiago Gil.

O Equatoriano Santiago Gil começou a estudar Ballet na Academia de Welton Prisilla em 1997 e continuou em 2004 na Academia Anna Pavlova. Em 2008 foi convidado por Lucy Telge do Ballet Municipal de Lima (Peru) para se juntar à companhia como solista. No mesmo ano, ele entrou na Cia de Iñaky Urlezaga (Argentina) como solista, onde percorreu toda a Argentina, Uruguai e Paraguai. Em 2009 entrou para Equatoriano Câmara de Ballet (Equador), como bailarino principal, dirigido por Ruben Guarderas, e em 2011 ele foi convidado como bailarino principal do Ballet Olinda Saul (Maranhão), onde divide o palco atualmente com sua namorada, a cubana Analay Laiz. Os dois bailarinos têm presença confirmada no Fendafor Guaramiranga, que encerra sua Mostra Itinerante, após passar por diversos municípios do Ceará como Sobral, Juazeiro do Norte, Crato, Barbalha, entre outros.

Welton Nascimbene – S. Paulo Companhia de Danças Clássicas de S. Paulo - Destaque nacional, Welton Nascimbene é bailarino da Especial Cia de Danças Clássicas. Participou de espetáculos nas principais capitais brasileiras, e incursões internacionais em Varna (Bulgária), Jackson(EUA) e Moscou (Rússia). Teve como principais mestres: Guivalde de Almeida, Jorge Peña, Wilson Carvalho, Erinaldo Conrado, Márcia Pereira, Helena Martins, Nilson Soares, Ricardo Ordonez, Boris Storojkov, Mikhail Krapvin, Victor Navarro, entre outros. Bailarino premiado em todos os principais festivais de dança do Brasil, incluindo primeiros lugares em Joinville, Passo de Arte, CBDD e Seminário Internacional de Brasília, Welton atua como guest nas principais capitais brasileiras, nos mais importantes eventos de dança do nosso pais. Partner de grande qualidade, atua ao lado das grandes revelações de sua geração: Priscila Yokoi, Fernanda Manoel, Paula Penachio, Flavia Garcia, entre outras.

Raquel Rampazzo S. Paulo - Companhia de Danças Clássicas de S. Paulo – Estou esperando
Cia. Balé Baião de Itapipoca – CE; Companhia Convidada; Atuante há 16 Anos em Itapipoca e litoral oeste do Ceará, a Cia Balé Baião vem desenvolvendo um trabalho pioneiro de pesquisa, criação, produção e ensino de dança no interior do estado. Sua trajetória inicia em 1994, integrando jovens dançarinos dos bairros periféricos da cidade de Itapipoca. A partir do contato com grupos, bailarinos, atores e coreógrafos de Fortaleza e de outros estados brasileiros, iniciou-se o interesse em conhecer e aprofundar a dança contemporânea nascia a Cia Balé Baião (Balé – Expressão de origem européia: bailado; Baião. Itapipoca não possui uma história de dança vinculada a academias de balé clássico. A dança de Itapipoca nasce dos ritmos ancestrais pertencentes aos povos indígenas, africanos e europeus ainda hoje manifestadas no carnaval através do Maracatu AZ de Espada, escolas de samba e blocos do sujo, das danças tradicionais presentes na praia, serra e sertão: Nesse contexto de festas populares e militância social surge o Balé Baião, Formada por bailarinos, coreógrafos, professores de dança, pedagogos e educadores físicos, o Balé Baião apresenta um leque diversificado de atividades de cunho artístico e sócio-educativo que contemplam ações permanentes na comunidade, localidades, assentamentos e cidades vizinhas.

Cia de Dança Janne Ruth – CE; A Cia. de Dança Janne Ruth nasceu da academia de Dança Janne Ruth que foi fundada em 1981 com o nome AMERICAN DANCE, 04 anos depois (1985) fundamos o Grupo de Dança Janne Ruth, resultado de uma audição realizada para formar o Grupo com os melhores alunos da Escola e através do bom desenvolvimento deste trabalho e o profissionalismo dos bailarinos, fundamos em 1991 a Companhia de Dança Janne Ruth. A partir do ano de 1991 a Cia. de Dança começou a conquistar prêmios importantes e alcançou o sucesso e o reconhecimento da mídia e do público. Continuamos com o nosso trabalho e iniciamos a corrida pela conquista de parceiros, bem como recursos técnicos para engrandecer o trabalho de nossos profissionais e graças ao trabalho incansável da equipe de criação de espetáculos (diretora, coreógrafos, assistentes de coreografia, técnicos, pensadores e ensaiadores) e à garra dos nossos bailarinos e alunos, o Grupo tem conseguido enorme destaque no cenário artístico local e nacional e também em competições, trazendo para o Brasil importantes prêmios e reconhecimento, bem como vivenciando intercâmbios importantes e grandes experiências estéticas. São 45 Tournéss Nacionais e 04 internacionais, cerca de 80 prêmios conquistados e 18 trabalhos realizados.

Escola de Ballet Lucymeire Aires; Bailarina, Diretora, Ensaiadora e Maitre do Ballet Lucymeire Aires, tendo á mesma apresentado pela sua escola os espetáculos; A Bela Adormecida em 2006. Suite O Quebra Nozes em 2007, Sob a Luz da Fama e The Fairy Doll em 2008, Uma Noite de Gala em 2009, e Dom Quixote em 2010. A Escola vem se destacando em Festivais e Concursos Nacionais e Internacionais de Dança, como Passo de Arte, RV Promoções, Promodança Capezio, Fest Dance, e FENDAFOR. Lucymeire Iniciou seus estudos no ballet Gorete Quintela em 1988 onde se forma. Participou de festivais e inúmeros cursos, ministrados por Flávio Sampaio, Ernesto Gadelha, Vera Aragão, Ursula Boorman, Gisele Peter Rohse, Paulo Caldas, Toshie Kabayashi, Deborah Colker, Jair Moraes, Duda Braz, Liudimila Pelonskaya, Paula Feitosa, Elis Resende, Ramires Menezes, Bira Fernandez, Henry Neto, Ronaldo Martins, Caio Nunes, Roberto Amorim, Chica Timbó, Mariza Estrella, Gisele Santoro, Miguel Burgos, Marcelo Pereira, Inês Bogéa, Daniela Stasi, Ivaldo Mendonça e outros.
É com grande honra que este grande evento será celebrado e comemorado por todos aqueles que participam desta grande festa da dança.

Grupo Trilhas - Ceará: Grupo Convidado; O Grupo Trilhas nasceu no ano de 2008, graças à iniciativa do bailarino e coreógrafo Marcos Bento que ainda dando seus primeiros passos como coreógrafo, mas com uma história já considerável no meio da dança afoitou-se em procurar pessoas com sua mesma filosofia com relação às linguagens artísticas, para desenvolver trabalhos coreográficos, trabalhos estes que vem se destacando com vários prêmios em concursos de Fortaleza como em outros estados brasileiros. A história do Grupo Trilhas teve início a partir de um pensamento e da necessidade de alguns bailarinos independentes já formados em Dança e que por amor a arte e a vontade de estar em cena reuniram-se para desenvolver um trabalho em busca de uma linguagem própria baseado em pesquisas e estudos, voltado para a dança contemporânea. E a partir desta aliança transformar em dança todos os seus anseios em relação a essa arte, procurando possibilidades e meios para torná-la viva. Marcos bento é também bailarino da Companhia de Dança Janne Ruth desde 2005, teve sua formação no Projeto Vidança sob a orientação de Anália Timbó.

Janne Ruth Chaves Nascimento Viana-, Professora, Bailarina, Coreógrafa e Produtora Cultural, nasceu em Vitória da Conquista – Bahia, onde iniciou a dança aos 04 anos de idade em 1966 em Salvador – Bahia. Em 1967 sua família escolhia o Ceará para morar e foi então que Janne Ruth iniciou sua história e a ela tem dedicado toda a sua vida. Concluiu seus estudos da Dança e Teatro em 1979 com o Professor Hugo Bianchi, ainda nesse mesmo ano fez curso de metodologia do ensino da Dança, Nível Profissional nos 09 estilos de Dança, na Dance Center, em Salvador Bahia, filiada a Universidade Católica da Bahia. Já em 1980 ingressou na Universidade de Fortaleza no curso de Geologia. Em 1981 inaugurou sua Escola de Dança em Fortaleza e Permanece até hoje completando 30 anos de atividades, fez especialização em Dança, na Faculdade Católica da Bahia. Como coreógrafa tem cursos, mestrados e participações em Festivais nas diversas cidades do Brasil: Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Belém, Recife, Amazonas, Salvador, Campina Grande, Teresina, João Pessoa, etc, e no exterior em: Praga - República Tcheca, França, Inglaterra, Bélgica, Itália, Espanha, etc.
Estudou com grandes Mestres (Eugenia Feodoro, Hugo Bianchi, Dilma Smith, Lenny Deile, Carlota Portela, Dalal Achcar, Marika Gidale, Décio Otelo, Mario Nascimento, Denis Gray, Jô Jô Smith, Dora Andrade, Hugo Bianchi, Thoshie Kobayashi, Fernando Nunes, Mariza Estrela, etc. Fez mestrado pela UNIC – União Internacional de Intercâmbio Cultural – Brasil, Nova York e França e especializou-se em Dança Contemporânea. Janne Ruth têm ainda curso e especialização em metodologia do ensino da Dança.Em 1985 Fundou O Grupo de Dança Janne Ruth hoje Cia. de Dança Janne Ruth (1991), e em 1994 Fundou o Grupo Bailarinos de Cristo Amor e Doações- BCAD, uma instituição sem fins lucrativos, onde o objetivo é utilizar a arte, Cultura, Educação e o Esporte, para resgatar da área de risco crianças, adolescentes e Jovens excluídos da sociedade, bem como ajudar outras instituições, comunidades e famílias mais pobres da sua cidade. Hoje são 04 Sedes de atendimento 440 Crianças, adolescentes e jovens em situação de risco beneficiados diretamente e 01 Escola de Ballet Particular. O Grupo BCAD e a Cia. de Dança Janne Ruth têm uma bagagem bastante significativa, são 29 anos de Escola 19 anos de Cia. de Dança e 16 anos de Instituição, 12.000 (Doze Mil) Crianças, adolescentes e jovens atendidos diretos e indiretamente, são ainda 24 Ballet’s estreados, 04 tournées internacionais e 43 Nacionais, 171 prêmios para os Ballte’s e Homenagens importantes para a Coreógrafa Janne Ruth, entre eles alguns conquistados em São Paulo, Rio de Janeiro, Amazônia, Buenos Aires, Mar Del Plata, Brasília, Praga Republica Tcheca, França e Itália.
Em 2000 fundou e criou o Festival Nacional de Dança de Fortaleza- CE/ FENDAFOR, hoje sucesso nacional, este ano de 2011 realizara sua 11ª edição, O Fendafor é famoso por suas características e ações sociais, graças à formação da coreógrafa janne Ruth que há 16 anos fundou sua ONG, hoje modelo até no exterior e desde então vem se dedicando ao terceiro setor e insere sua experiência de todas as formas a responsabilidade social no Festival “Fendafor” e em suas respectivas Escolas; Em 2003 a coreógrafa Janne Ruth recebeu o prêmio no dia Internacional da Mulher, (Prêmio Murilo Aguiar) da Assembléia Legislativa do Ceará, homenageada entre as 05 mulheres que mais se destacaram no Ceará com seus trabalhos sociais, em 2004 recebeu o prêmio de melhor empreendedor social. Em 2005 conquistou o Segundo Grande Prêmio de Dança da Itália, em 2008 o Hepta campeonato de Dança no Festival Internacional de Dança da Amazônia, entre 2007 a 2009 conquistou 18 Prêmios no Festival Passo de Arte Norte e Nordeste Competição de Dança e Passo de Arte Indaiatuba – S.P, inclusive Prêmio de melhor Grupo do Festival e melhor Bailarino, 22 Prêmios no Festival de Inverno de Dança de Mongaguá – S. Paulo, 01 troféu no XV Festival Internacional de Danças da Amazônia – FIDA, 01 Troféu de reconhecimento pelo trabalho prestado ao Karatê Cearense Prêmio Ranking 2008, Três Troféus para a Competição de Dança PRÊMIO CAPEZIO NORDESTE, Outubro de 2009 Teatro Marista; 21 Troféus; no I RV Nordeste Competição e Seletiva de Dança para o XXI PRODASP São Paulo; 2010 03 troféus no Grand Prize de Dança de Barcelona Abril de 2010 em Barcelona – Espanha e 09 Prêmios no II RV Nordeste Competição de Dança..
Na Área Social janne Ruth tem se especializado e se qualificado participando de inúmeros Congressos, Seminários, Cursos técnicos e Oficinas de Gestores sociais, em 2008 FUNDAÇÂO ITAÚ SOCIAL E UNICEF – Encontros Regionais de Educadores. Janne Ruth Fundou o Fórum Estadual de Dança do Ceará em 1988, é Ainda Presidente dos Grupos Profissionais de Dança do Ceará desde 2001, é Coordenadora das Academias de Dança do Ceará, faz parte da comissão de Dança do Ceará, faz parte do colegiado do COMDICA como Conselheira - COMDICA – Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do adolescente eleita para o biênio 2010 e 2012.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

INSCRIÇÕES ABERTAS PARA O FENDAFOR GUARAMIRANGA


Com atrações internacionais, Fendafor recebe inscrições até 30 de novembro

O Festival Internacional de Dança de Fortaleza leva sua mostra itinerante para Guaramiranga, reinaugurando o Teatro Rachel de Queiroz dias 9 e 10 de dezembro

- Destaque nacional, Welton Nascimbene é bailarino da Especial Cia de Danças Clássicas (SP)

Seguindo a itinerância do Festival, em dezembro será a vez do V Festival de Dança Fendafor de Guaramiranga, dias 9 e 10, e para comemorar esses cinco anos, mais de 250 bailarinos subirão a serra. O evento será aberto na Praça da Prefeitura com um grande cortejo de bailarinos, que apresentarão 20 performances e contará com o grupo Tambores de Guaramiranga e outros convidados. Em 2011, o tema principal da Mostra Itinerante do Fendafor é um “não às drogas”, com o slogan “O Mundo sem Droga é muito melhor......Dançar faz bem, alivia a Alma e o espírito.”
O Fendafor Guaramiranga irá também reinaugurar o Teatro Raquel de Queiroz, que estava parado, em reformas. Entre os inúmeros convidados estarão: Raquel Rampazzo, Welton Nascimbene, da Cia. Brasileira de Danças Clássicas de São Paulo, Analay Saiz do Balet de Cuba, Grupo Trilhas de Fortaleza, Santiago Gil do Equador, Ballet Lucymeire Aires de Fortaleza entre outros.
Destaque nacional, Welton Nascimbene é bailarino da Especial Cia de Danças Clássicas. Participou de espetáculos nas principais capitais brasileiras, e incursões internacionais em Varna (Bulgária), Jackson(EUA) e Moscou (Rússia). Teve como principais mestres: Guivalde de Almeida, Jorge Peña, Wilson Carvalho, Erinaldo Conrado, Márcia Pereira, Helena Martins, Nilson Soares, Ricardo Ordonez, Boris Storojkov, Mikhail Krapvin, Victor Navarro, entre outros.
Bailarino premiado em todos os principais festivais de dança do Brasil, incluindo primeiros lugares em Joinville, Passo de Arte, CBDD e Seminário Internacional de Brasília, Welton atua como guest nas principais capitais brasileiras, nos mais importantes eventos de dança do nosso pais. Partner de grande qualidade, atua ao lado das grandes revelações de sua geração: Priscila Yokoi, Fernanda Manoel, Paula Penachio, Flavia Garcia, entre outras.
As inscrições para grupos de dança locais e amadores participarem do Fendafor Guaramiranga terminam no dia 30 de novembro. Informações: 3482-0510 (BCAD – Bailarinos de Cristo – Amor e Doações).

FENDAFOR EM SOBRAL

Fendafor chega a Sobral em novembro e Guaramiranga em dezembro

O Festival Internacional de Dança de Fortaleza encerra sua programação 2011 com grandes atrações no interior cearense, dentro da sua Mostra Itinerante

Os bailarinos Ana Gama e Fábio Costa, de Pernambuco, são destaque de Sobral

Festival Internacional de Dança de Fortaleza e Itinerante do Ceará, na cidade de Sobral que acontecerá em Novembro dias 18, 19 e 20 e Guaramiranga dias 09 e 10 de Dezembro. Completando 11 anos de vida, o Fendafor – Festival Internacional de Dança de Fortaleza desde sua fundação tem como principal meta a popularização da dança no estado do Ceará - unir talentos e oportunidades, dar destaque às companhias, bailarinos e escolas de dança, desde o amador até o profissional, do ballet clássico ao popular, a troca de experiências, conhecimentos e intercâmbios – este é o bjetivo desse que é um dos maiores eventos culturais do Brasil.
A 11º. Edição do Festival aconteceu em Fortaleza de 28 de junho a 3 de julho e contou com 2180 bailarinos do Ceará de 14 estados do Brasil e cinco países, que brilharam nos muitos palcos armados para essa festa da dança, que ainda continuou no dia 5 de julho, seguindo com sua Mostra Itinerante para as cidades de Crato, Juazeiro e Barbalha. Nessas cidades, mais de 230 bailarinos participaram e mais de 400 pessoas estiveram presentes nos cursos, oficinas, seminários, mostra de vídeos e palestras.

Continuando a se consolidar como um dos maiores festivais itinerantes do Ceará, o Fendafor apresenta no mês de novembro sua programação de alto nível em Sobral nos dias 18, 19 e 20 no Teatro do ECOA. Serão 15 grupos, cerca de 150 bailarinos entre inscritos e convidados do Ceará e de Recife. Serão ofertados ainda oito cursos e oficinas com 240 vagas - toda programação será gratuita.
O Fendafor itinerante de Sobral receberá como destaque entre os convidados os bailarinos Ana Gama e Fábio Costa, de Pernambuco. A dupla esta junta desde o ano de 2005, e no Fendafor Sobral eles apresentarão performances e irão ministrar um curso de Dança Contemporânea.

- Escola de Ballet Janne Ruth

A base da formação de ambos foi através do professor, coreógrafo Marcelo Pereira (dança moderna e contemporânea - Jennifer Muller Technique). Integraram a Zen Cia. de Dança (dirigida por Marcelo Pereira durante quatro anos, participando de diversos espetáculos e Festivais no Brasil. Realizaram trabalhos como bailarinos para Cia. Vias da Dança (PE), Dance Loft (Suíça), Marcelo’s Move (Suíça), Stadt Theater Bern (Suíça), entre outros. Fundaram juntamente com quatro integrantes a Unione Cia. de Dança (PE) onde atuaram como intérpretes-criadores. Desde 2006, realizam trabalhos independentes como professores, bailarinos e coreógrafos.
Para esse ano o tema principal da Mostra Itinerante do Fendafor é um “não às drogas”, com o slogan “O Mundo sem Droga é muito melhor......Dançar faz bem, alivia a Alma e o espírito.

- Grupo Trilhas, do Ceará

Seguindo a itinerância do Festival, em dezembro será a vez do V Festival de Dança Fendafor de Guaramiranga, dias 9 e 10, e para comemorar esses cinco anos, mais de 250 bailarinos subirão a serra. O evento será aberto na Praça da Prefeitura com um grande cortejo de bailarinos, que apresentarão 20 performances e contará com o grupo Tambores de Guaramiranga e outros convidados.
O Fendafor Guaramiranga irá também reinaugurar o Teatro Raquel de Queiroz. Entre os inúmeros convidados estarão: Raquel Rampazzo, Welton Nascimbene, da Cia. Brasileira de Danças Clássicas de São Paulo, Analay Saiz do Balet de Cuba, Grupo Trilhas de Fortaleza, Santiago Gil do Equador, Balet Lucymeire Aires de Fortaleza entre outros.

PROGRAMAÇÂO SOBRAL

- Escola de Ballet Lucymeire Aires

Dia 18/11; Praça Boulevard do Arco;
19h00min Mostra de Vídeo Dança;
19h30min Apresentações de Solos, Duos, Trios e Conjuntos,
Dia 19 e 20/11; Espetáculos no Ecoa a partir das 19h30min;
Dia 19/11 Mostra competitiva e convidados;
Dia 20/11 Mostra de Dança e Convidados;
Dias 19 e 20/11; das 09h00min ás 13h00min; Cursos no Ecoa – Todos gratuitos e com certificado;
Dias 19 e 20/11 a partir das 15h00min Ensaios; Teatro do ECOA;
Dia 20/11 a partir das 18h30min mostra de Vídeo Dança no Teatro do ECOA;
Ás inscrições serão realizadas somente por Email; fendafor_ceara@hotmail.com;

SOBRAL CURSOS E OFICINAS; Dias 19 e 20/11/2011;
CURSO; Dias 19 e 20/11; Das 09h00min às 10h30min – Ballet Contemporâneo – Ana Gama e Fábio Costa – Recife – Nível Intermediário;
CURSO; Dias 19 e 20/11; Das 09h00min às 10h30min – Ballet Clássico – Elcir Rocha - Fortaleza; Nível Intermediário
CURSO; Dias 19 e 20/11; Das 10h30min ás 12h00min – Street Dance – Tony Lima – Fortaleza; Nível Intermediário;
CURSO; Dias 19 e 20/11; Das 10h30min ás 12h00min - Jazz Professor Paulo Henrique – Fortaleza – Nível Intermediário;
OFICINA; Dia 19/11; Das 12h00min ás 13h30minhs; Jazz – Professor Paulo Henrique – Fortaleza; Iniciante;
OFICINA; Dia 19/11; Das 12h00min ás 13h30minhs; Ballet Clássico Iniciante – Professor Elcir Rocha
OFICINA; Dia 20/11; Das 12h00min ás 13h30minhs; Dança do Ventre – Professor André Luis; Intermediário
OFICINA; Dia 20/11; Das 12h00min ás 13h30minhs; Street Dance – Tony Lima – Fortaleza; Iniciante;
As inscrições para os cursos serão realizados via e-mail – fendafor_ceara@hotmail.com, serão ofertados 25 vagas para cada curso, caso o aluno não realize sua inscrição por e-mail, o mesmo poderá comparecer meia hora antes no local do curso, nesse caso não é garantida a vaga.


ENTREVISTAS

AMOR À ARTE

Janne Ruth, 30 anos de dança



Saiba mais sobre essa cearense lutadora que assumiu a solidariedade e a dança como sentido da vida

Por Felipe Muniz Palhano
Editor de Cultura do Jornal O Estado e organizador do blog Divirta-CE (www.divirta-ce.blogspot.com)

Por que o mundo dança? Para se comunicar, comemorar, homenagear, seduzir... tão antiga como a própria existência, essa forma de se expressar revela um dos lados mais poéticos da evolução do homem. Em Fortaleza, aconteceu o maior encontro de profissionais da dança contemporânea e do balé clássico: trata-se do Fendafor, Festival Internacional de Dança de Fortaleza, criado pela bailarina e diretora Janne Ruth, uma batalhadora da cultura, que faz um trabalho de inclusão social há anos, tirando crianças da marginalidade e da falta de perspectiva e dando oportunidade de conhecerem um novo futuro. Tudo por amor a arte, sem usar isso com demagogia, pra se auto-promover, nem impulsionar sua Academia de Dança Janne Ruth, que em 2011 completa 30 anos, colecionando prêmios pelo mundo afora com seu talento e criatividade para retratar atravé sda dança a realidade da vida. O Fendafor também esteve no Cariri (Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha), de 5 a 9 de julho. o Fendafor 2011 continua sua jornada pelo interior cearense, com Maracanaú (25 e 26 de junho), Sobral (15 a 17 de setembro), além de Guaramiranga e Cascavel, sendo considerado um dos maiores festivais intinerantes do Ceará. Confira um pouco da vida dessa cearense lutadora que assumiu a solidariedade e a dança como sentido da vida.

[DIVIRTA-CE] Você é baiana e hoje coordena o maior Festival Internacional de Dança de Fortaleza. Como e quando surgiu seu interesse pela dança e como você veio para o Ceará?
[JANNE RUTH] Sou baiana de Vitória da Conquista, minha mãe baiana e meu pai cearense. Quando eu tinha quatro anos alguns professores recomendaram que minha mãe me colocasse no balé por causa dos meus “pés de pato”, e era o sonho dela ter uma bailarina na família - minha mãe sempre sonhou dançar mas a geração dela, muito rígida, nunca deixou. Com seis anos a família foi atrás de tranquilidade em Quixadá, se mudando para o Ceará, em busca de uma vida mais saudável para minha mãe. Meu pai era engenheiro agrônomo, cuidou da fazenda de Rachel de Queiroz - mas não dancei em Quixadá nos cinco anos que morei lá, pois nâo existiam academias naquela época. Quando fui para Fortaleza em 1971 que retornei minhas aulas de balé clássico com Hugo Bianchi, o mestre com quem me formei, em 1979, com 16 anos.

[DIVIRTA-CE] Como era o universo da dança em Fortaleza naquela época?
[J. R.] Era muito caro fazer cursos de dança. Aqui em Fortaleza só existia a Escola de Hugo Bianchi e do Sesc. Conheci a Dora Andrade (diretora da Edisca) em 1974, quando tive meu primeiro contato com a dança moderna. Mas eu queria mais: já em 1976, quando eu ainda era menor, juntava o ano inteiro o dinheiro da minha merenda para fazer cursos no Rio de Janeiro. Foi lá que me disseram para eu fazer teatro, onde eu conheci Dercy Gonçalves, a Beth Goulart, que fazia dança moderna. Naquela época não falávamos dança contemporânea - era dança moderna. Minha maior dificuldade para realizar esses sonhos na dança era meu pai, pois minha mãe morreu em 1973, quando eu ainda tinha onze anos, e ela que me apoiava com a dança. Com meu pai, tive que estudar dobrado para poder viajar e fazer cursos. Se eu tirasse nota baixa ele culpava a dança. Em 1982 eu estava no quarto de semestre de Geologia, quando passei no concurso de uma bolsa para estudar dança na França - eram 150 pessoas para cinco vagas e eu consegui a minha, tirei segundo lugar. Depois ganhei outra bolsa para ir aos Estados Unidos estudar balé. No final, nunca terminei Geologia porque a dança não deixou. Não sei da onde vem essa paixão doentia, só sei que desde jovem, com meus 13 anos, a dança já era a coisa mais importante da minha vida.

[DIVIRTA-CE] Você além da dança, teve uma carreira na natação...
[J. R.] Foi uma campeã da época do meu colégio, a Érica Lopes, que estudava comigo, e me levou para o Náutico. Nadando borboleta eu fui campeã cearense, norte-nordeste, brasileira. O apoio da natação era grande, nos buscavam em casa, e meu pai não se incomodava muito. Participei até da Travessia do Rio Negro, no Amazonas, fiquei em 18° lugar entre 180 competidoras. Teve uma hora que meu pai me chamou e disse que já não podia mais comigo, que meu negócio era esporte e arte mesmo, e ele queria que eu decidisse, até para me apoiar. Eu escolhi a dança.

[DIVIRTA-CE] Você está completando 30 anos de carreira na dança. Fale um pouco do começo de sua carreira e do seu trabalho social.
[J. R.] Com 18 anos, em 1981, eu abri minha primeira escola de dança. Em 2011 completo 30 anos de dança. Antes, de 1979 para 80 eu e a Dora Andrade abrimos um curso em Sobral. Conhecemos uma comunidade muito pobre em Sobral, e todo esse trabalho, esse sentimento social, tanto meu, quanto dela, começou lá. Apresentávamos espetáculos para esses meninos de Sobral, dávamos roupas, cursos - fazíamos tudo guiados pela Dona Gislene, mãe da Dora. Quando eu abri minha academia, era aquele velho sonho - um casarão na Aldeota, as alunas eram todas filhas de gente rica, eu usava o dinheiro todo dos alunos para pagar os custos, aluguel. Passei três anos com essa academia na Aldeota, e no quarto e último ano fiz um mestrado em dança na Bahia. Aquela academia cheia de gente com dinheiro não era pra mim - foi quando eu fiz uma loucura: estava grávida da minha primeira filha, Kaira, e avisei ao meu primeiro marido que iria pegar o dinheiro da entrada do meu apartamento e fazer uma sala de dança nos fundos da casa do meu pai, na Bela Vista. Na época, 1985, disse a todos que o pessoal da Aldeota não precisava de mim. Minha filha nasceu em maio, em agosto eu estava inaugurando o Studio de Dança Janne Ruth na Bela Vista. Cobrava dez cruzeiros para cada criança, mas a maioria tinham bolsa gratuita. Realizei muitos sonhos de mães que queriam ver a filha bailarina.

[DIVIRTA-CE] Como você conseguia sustentar sua companhia de dança? E a transformação das suas ações no bairro da Bela Vista?
[J. R.] Nessa época contei com a ajuda grande do meu pai. Ganhava dinheiro fazendo coreografias para Goreth Quintela, para Hugo Bianchi e tinha algumas alunas que pagavam mensalidade. Em 1981 a Dora inaugurou a Edisca e comecei a pesquisar sobre organizações não governamentais. Eu já fazia esses trabalhos sociais, distribuía sopão, mas não tinha idéia da dimensão desse meu trabalho. Nos anos 90 eu vi na TV uma matéria sobre os Atletas de Cristo, eu já estava com a Cia. Janne Ruth viajando pelo Brasil, ganhando prêmios, e veio na minha cabeça a ideia de abrir o palco para esses alunos mais carentes, com a criação dos Bailarinos de Cristo, em 94. Nessa época, todos os trabalhos, as entradas dos nossos espetáculos, eram em troca de quilos de alimentos. Em 1998, com a ajuda de amigos advogados, fundamos a ONG Bailarinos de Cristo, BCAD. Colocávamos temas sociais nos espetáculos do BCAD, como “Vida - Nós Existimos”, que contava um pouco da história desses meninos pedintes nas ruas de Fortaleza, sem perspectiva. Tive um trabalho voluntário levando alimentos a favelas da Rosalinda, Couto Fernandes e outros lugares perigosos, junto com a Legião da Boa Vontade e aprendi muitas lições de vida convivendo com essas pessoas carentes, tentando levar um pouco de esperança a essas crianças.

[DIVIRTA-CE] Junto com esse trabalho social com o BCAD, sua Cia. de Dança Janne Ruth ganhava prêmios internacionais e viajava o mundo. Como você se dividia entre esses dois trabalhos?
[J. R.] O que me fortalecia para realizar esse trabalho social com a ONG Bailarinos de Cristo era ver minha companhia de dança fortalecida. Os alunos do BCAD que se destacavam poderiam ingressar na Cia. Janne Ruth. Mas minha companhia era muito boicotada devido a esse trabalho social. Um bailarino de fora, que gostava do meu trabalho, disse para eu Espanha. Eu ganhava diversos prêmios em Mar Del Plata, Buenos Aires, fora do Brasil e já estreava aqui meus espetáculos com ótimas críticas de jornais do Rio e São Paulo - mesmo assim continuava a ser boicotada. Até quando eu participei do Passo de Arte, quando participei com 11 coreografias, tirei nove “primeiros lugares”, ganhei prêmios de melhor bailarina, melhor grupo e melhor performance. Lá em Sâo Paulo, com uma comissão rígida do Passo de Arte, e competindo com 800 grupos do país inteiro, a Cia. Janne Ruth foi o único grupo que ganhou cinco notas “dez”. Em 2008 ganhamos dezessete prêmios. A Janne Ruth é a companhia que mais ganhou prêmios nesse conceituado concurso. Ano passado fomos convidados por uma universidade da Suíça que estava pesquisando sobre os costumes nordestinos do Brasil para fazermos uma temporada na Europa. Passamos por St. Gallen, Zurich, e outras cidades da Suíça, além de passar por um Grande Prêmio de Dança de Barcelona.

[DIVIRTA-CE] Como surgiu o Fendafor, que estreou como Festival Nacional de Dança de Fortaleza e, devido a qualidade das atrações, se transformou em Festival Internacional?
[J. R.] Em 1985 foi fundada a Associação das Academias de Dança do Ceará - eu estava lá. Em 1987 surgiu o GP Dance, Grande Prêmio de Dança. Dora Andrade, Anália Timbó, eu e outros diretores de companhia da época fundamos o Fórum de Dança do Ceará em 1988. Na época, a Funarte, que se chamava Fundacem, nos apoiava, mandando pessoas para fazerem oficinas. Depois apoiou o Encontro Norte e Nordeste de Dança. Em 1996 fomos convidados para o 1° Festival Nacional de Dança de Recife e lá, com aquela diversidade de gurpos de diversos estados, eu peguei o microfone e convidei a todos para participarem do Festival Nacional de Dança de Fortaleza. Em 1997, surgiu a Bienal de Dança do Ceará, e nosso projeto já estava na Secretaria de Cultural. Só em 1999 o projeto foi aprovado pela Lei Jereissati, e em 2000 foi produzida a primeira edição do Fendafor. Grupos e bailarinos de estados de todo o Brasil já passaram pelo Fendafor, Ana Botafogo, Deborah Colker, artistas de Roraima, Goiânia, gente do Oiapoque ao Chuí. Em 2010 o Fendafor virou Festival Internacional, com artistas de outros países, mas desde 2007 o evento recebe atrações de fora do Brasil.

[DIVIRTA-CE] Dentro dos outros segmentos, como você analisa hoje o valor da dança na cultura do Ceará?
[J. R.] A força de nossa dança é bem maior que em outros estados do nordeste como a Bahia e Pernambuco. Hoje temos dois fóruns de dança, cinco associações, a ProDança, o Festival Litoral Oeste, a Bienal, que vai para Sobral e Juazeiro, o Fendafor, que desde 2007 visita diversos municípios e esse ano vai a sete cidades, Quixadá, Pacoti, Juazeiro do Norte, Crato, Barbalha, Guaramiranga, Sobral. Esse ano também temos Senador Pompeu, e em breve dois municípios entram na programação- o Fendafor terá uma agenda anual, pois muitos secretários de cultura nos procuram, querendo trazer o festival para a sua cidade. Estou um pouco triste com nosso governador Cid Gomes, que aprovou nosso orçamento com mesmo valor do ano retrasado mas ainda não liberou a verba do Festival - são 78 grupos inscritos, mas de três mil bailarinos. É meio complicado sempre termos que esperar pela liberação do dinheiro que já foi aprovado, só meses depois da realização do evento. Isso não é só o Fendafor - poderiam melhorar o sistema de financiamento do pouco incentivo a cultura que recebemos. Só temos uma empresa no Ceará que patrocina grandes projetos culturais, que é a Coelce, a Companhia de Energia Elétrica.







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